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Foliões mirins e autoridades, no bloco infantil “Largo do Machadinho, mas não Largo do Suquinho”,
A programação do evento começou por volta das 7h30 e durou até às 14h30. Abriu com a leitura do manifesto de compromisso social, enfatizando a importância de uma atuação permanente na defesa dos direitos das crianças cariocas, recebeu em torno de 2 mil pessoas, grande maioria de crianças.
Na agenda, foram entregues Certificados de Reconhecimento pela Folia Carioca, reconhecendo o apoio efetivo à Campanha “Criança Protegida, Folia Garantida”, concedido à gestores e parceiros. E como é carnaval, apresentação do bloquinho, com distribuição de material promocional da campanha. Outro ponto forte foi a apresentação da GRCESM Inocentes da Caprichosos, escola de samba mirim da Caprichosos de Pilares.
Em tempo: o Bloco “Largo do Machadinho, mas não Largo do Suquinho”, fez seu primeiro Baile de Carnaval em 2011, no Largo do Machado, no bairro do Catete, no Rio de Janeiro. O principal objetivo do bloco: é levar entretenimento de qualidade, promover e incentivar a formação de um novo público carnavalesco, os foliões mirins, assim despertando neles, a vontade de participar desta bela manifestação cultural popular carioca, tão alegre e divertida que é o Carnaval de Rua do Rio de Janeiro.
A edição 2025, uma homenagem extra, o “O Bloco Largo do Machadinho, Mas Não Largo do Suquinho”, em respeito a obra de Ziraldo, exibiu uma blusa com uma charge elaborada por Edra, talentoso desenhista, que cedeu uma imagem que captura a essência do artista que encantou gerações com suas criações, como “O Menino Maluquinho”. Ziraldo não foi apenas um cartunista e escritor brilhante, mas também o padrinho do bloco, desde seu lançamento.
A Folia Carioca reafirmou seu compromisso com a promoção de ações que vão além do Carnaval, integrando políticas de proteção e fortalecimento dos vínculos sociais e culturais que contribuem para o desenvolvimento integral de todas as crianças. O Bloco “Largo do Machadinho, Só não Largo o Suquinho” teve ações de coleta de resíduos sólidos e recebeu o Selo Carioca Folia Verde no Carnaval 2025, iniciativa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima (SMAC), da Prefeitura do Rio. A Secretária Tainá de Paula destacou a importância da iniciativa – “A diversão e a educação ambiental andam juntas e preparam os pequenos foliões desde cedo”.
A “Alvorada da Folia” foi um marco na articulação entre a sociedade civil organizada, que atua na promoção da cultura do carnaval carioca, junto aos demais setores sociais na construção de uma iniciativa que reflete uma postura socialmente responsável, fundamentada em critérios técnicos e científicos, promovendo ações de combate à violência infantil durante o período oficial do carnaval. A campanha demonstrou que a proteção dos direitos das crianças é um investimento estratégico para a construção de uma cidade mais justa e vibrante, onde a cultura e a cidadania se encontram para transformar realidades.
Para Regina Moreira, da Associação Beneficente São Martins, que atua há 40 anos em prol de crianças e adolescentes – “Uma campanha desse porte só vem reforçar aquilo que há anos a gente trabalha e sensibiliza a população, que é a segurança da criança e do adolescente. Uma campanha como essa, só vem favorecer o que existe de melhor, que é o crescimento de seres humanos”.
Segundo Eufrásia Maria Souza das Virgens, da defensora pública e da coordenadoria de defesa dos direitos da criança e adolescente ressaltou que – “É muito importante a participação de todos na campanha, porque desde a Constituição de 88 é um compromisso de todos nós, da família, da sociedade e do Estado, a proteção, a integral aos direitos de criança e adolescente com absoluta prioridade. Então a família deve proteger a criança, a sociedade, a comunidade. Então esse é um compromisso que todas as pessoas deveriam ter, que nós deveríamos ter, não apenas com as crianças da nossa família, não deixar acontecer nenhuma violência, nenhuma violação de direitos”
“Não só com uma festa, mas uma função social, queremos fazer um alerta para a sociedade, evitar o abuso contra a criança e do adolescente, e nada melhor que nesse momento que tá todo mundo festejando. Carnaval é festa, mas tem problemas e a violência contra a criança e do adolescente é um desses casos, que essa campanha perpetue para os próximos carnavais, que a gente consiga trazer mais parceiros para ajudar nessa vitória”, declarou Marco Muniz – Coordenador Geral da Folia Carioca
O Superintendente-geral do CIEE (Centro de Integração Empresa Escola do Rio de Janeiro) Luiz Gustavo Coppola, não só marcou presença como também levou sua pequena filha para a brincadeira, que estava radiante com fantasia de borboleta. A cozinheira Maria José Tomás, levou seus 3 filhos, com idades entre 8 e 4 anos para o bloquinho – “É meu segundo ano, eu adoro as músicas que tocam e eles se divertem”, em clima de festa, empolgada em jogar espumas nas crianças. O evento, virou um grande baile de carnaval com divertidas batalhas de confete e serpentina, pinturas, brincadeiras, ao som “Bandinha”, formada por jovens, que fazem parte do Projeto Villa-Lobos
Danielle Cramer, Procuradora do Ministério Público e Trabalho, pontuou: “Faço parte dessa campanha, acho que é importante mostrar para sociedade que nesses grandes eventos como carnaval as crianças têm que estar a salvo de qualquer forma de exploração de violência e violação aos seus direitos. A folia não combina com violação, não combina com exploração”.
