Fotografia de Leo Aversa leo@leoaversa.com
Foto: Leo Aversa
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Quando Shear Madness estreou em um teatro de Boston (EUA) em 1980, ninguém poderia prever o impacto que aquela montagem teria. Escrita 17 anos antes pelo alemão Paul Portner, a peça já havia sido encenada em mais de 70 teatros na Alemanha antes de ganhar o mundo. A adaptação americana foi o passaporte para sua fama: em 2020, essa mesma montagem ainda permanecia em cartaz em Boston, tornando-se, segundo o Guinness Book of Records, a peça não musical com maior tempo contínuo em exibição no mesmo teatro.
Nos palcos brasileiros, Shear Madness teve apenas uma montagem há mais de 30 anos. Agora, o espetáculo volta ao país como CORTE FATAL, em uma versão assinada pelo ator e diretor Pedro Neschling e estrelada por Carmo Dalla Vecchia, Fernando Caruso, Douglas Silva, Paulo Mathias Jr, Hylka Maria e com a participação especial de Cristiana Oliveira.
CORTE FATAL estreia no Rio de Janeiro em 14 de março, no Teatro das Artes, no Shopping da Gávea. Ingressos para as apresentações já estão à venda em Divertix. .
Não apenas os 40 anos em cartaz garantem a fama de Shear Madness: a peça foi traduzida para 28 idiomas, já foi montada em 30 países diferentes, foi vista em todo o mundo por cerca de 14 milhões de pessoas e virou filme em Hollywood. O espetáculo atrai por uma característica diferente: a interatividade. Além dos seis atores no palco, o público é transformado no “sétimo personagem” – em um determinado momento da peça, ele passa a ser um elemento atuante e ajuda a determinar o rumo da história, que pode ter vários finais diferentes.
Adaptada para os tempos atuais, CORTE FATAL se passa sempre no dia da apresentação. A história é centrada em um salão de beleza situado no andar térreo de um pequeno prédio no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, onde mora, no primeiro andar, uma famosa cantora reclusa. Pelo salão circulam um cabeleireiro, dono do estabelecimento, uma cliente endinheirada, esposa de um deputado, um vendedor de antiguidades, dois clientes misteriosos que chegam sem hora marcada e uma manicure – e é exatamente ela quem anuncia: “A cantora foi assassinada.” A partir daí, todos se tornam suspeitos e começa a caça ao criminoso misterioso.
Definida como uma comédia policial, CORTE FATAL tem como grande diferencial a participação da plateia. Mas, aqui, a interatividade não envolve atores descendo do palco para interagir com o público. O espetáculo vai além: ao quebrar uma quarta parede, transforma os espectadores em parte ativa da trama, desafiando-os a assumir o papel de detetives e influenciar os rumos da história.O diretor Pedro Neschling garante que vai manter o público não só em suspense, mas com um sorriso nos lábios todo o tempo.