Em ‘História de Amor’, Nuno Leal Maia viveu um dos personagens mais importantes da carreira. Nesse clássico de Manoel Carlos exibida em 1995 e que está de volta a partir de 10 de fevereiro no ‘Edição Especial’, Assunção, o pai de Joyce (Carla Marins) e ex-marido de Helena (Regina Duarte), tem a vida transformada radicalmente após um acidente de carro. A trajetória complexa do personagem permitiu um trabalho maior de composição para o ator, o que para ele foi um diferencial. “O Assunção trouxe uma consolidação dramática aos meus personagens, me permitindo compor, o que na época ainda me faltava na TV. Foi uma fase muito gostosa, que só me traz ótimas recordações”, conclui o veterano.

Assunção recuperou a vontade de viver por meio do esporte e contracenou com Pelé, que gravou participação na novela. Nuno Leal Maia recorda que foi muito gratificante interagir com pessoas cadeirantes durante o período da obra. “o Assunção foi acolhido e abraçado por todos. Era muito bacana passar uma energia positiva para todos os cadeirantes que viraram repentinamente fãs do personagem”, conta.

Na entrevista abaixo, Nuno Leal Maia relembra um pouco mais sobre o trabalho em ‘História de Amor’.

Entrevista com Nuno Leal Maia

O que sentiu quando soube que ‘História de Amor’ vai ao ar no ‘Edição Especial’?
Fiquei muito feliz quando soube, porque foi uma novela marcante não só para mim, como para muita gente que trabalhou e também para o público em geral. Uma novela de um grande autor, com um elenco muito gabaritado. Acredito que será um enorme prazer rever ‘História de Amor’ para todos no Brasil.

O que esse trabalho representa na sua carreira? Foi um papel muito marcante, certo?
Esse trabalho com certeza foi muitíssimo marcante na minha carreira e eu agradeço até hoje ao Manoel Carlos e a sorte de ter podido contracenar com diversos colegas importantes para a nossa teledramaturgia. O Assunção trouxe uma consolidação dramática aos meus personagens, me permitindo compor, o que na época ainda me faltava na TV. Foi uma fase muito gostosa que só me traz ótimas recordações.

Como foi interpretar um homem que sofre um acidente e recupera a vontade de viver por meio do esporte? Como se preparou?
Foi extremamente interessante, a preparação foi ocorrendo no decorrer das gravações, e com o apoio da direção eu ia me adaptando ao Assunção. Foi sem dúvida, como todos os trabalhos anteriores em telenovelas, um desafio ir trabalhando um personagem no decorrer das gravações. Mas o Assunção possuía muito material dramático enviado pelo Manoel Carlos, o que me ajudou bastante.

Como foi realizar um trabalho social através do personagem?
Quanto ao personagem tornar-se cadeirante, foi bastante emocionante, pois o Assunção foi acolhido e abraçado por todos. Era muito bacana passar uma energia positiva para todos os cadeirantes que viraram repentinamente fãs do personagem. Foi gratificante demais.

Quais as lembranças que guarda dos bastidores de gravação e do convívio com o elenco?
Os bastidores eram super agradáveis e estimulantes, com todos contribuindo ao máximo para que o produto final resultasse no mais bacana possível.

Houve uma cena ou sequência mais desafiadora? E uma mais emocionante? Quais?
Acredito que a mais desafiadora sequência foi a do acidente com o carro caindo no canal em frente ao antigo Teatro Fênix, no Jardim Botânico.  E a mais emocionante o momento onde o Assunção é homenageado no Estádio de Remo da Lagoa.

Com estreia em 10 de fevereiro, após o ‘Jornal Hoje’, no ‘Edição Especial’, ‘História de Amor’ é uma obra de Manoel Carlos. A novela tem direção artística de Paulo Ubiratan, direção geral de Ricardo Waddington e direção de Roberto Naar e Alexandre Avancini.